donzela
imensa. sua banca de quem manda contorna o seu quadril e se espalha pelo assento. sua boca incha feito o ânimo de um cão que encontra o dono, sua garganta alargou-se com o resto do corpo, aquele que reconhece cada dia mais como seu, porque carece de espaço e assim pode 'ser' - todo ele, o espaço; ela, a zélia. e quem não vê o seu tamanho é porque enxerga sua delicadeza com os garfos, sua dança hiperativa de boca e dedos rígidos, de língua ágil, goela, estômago e matéria. dona zélia descontrola sua fome com alimento e lambe os dedos quando alguém desvia o olho da sua carne. e como miram. zélia não tem compaixão. chora em suco azedo, enfeita com açúcar o gosto forte do limão.
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Fortíssimo o contexto - e o texto...
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