eu tinha um macacão rosa e o meu irmão um verde. meu irmão era meu parceiro de dança, de vida, de dança. a gente girava e abria de uma vez nossos macacões até eles não servirem mais nos nossos corpos crescentes... áu! michael se foi e não na gente, no nosso corpo que se fez dele também.
a pina morreu, uma espécie de heroína. em 2006 eu fui pra sampa ver "para as crianças de ontem, hoje e amanhã", espetáculo dela, a coreógrafa mais incrível. no intervalo, depois de uma hora e meia de espetáculo, ninguém teve coragem de levantar, até que os bailarinos pegaram o microfone e disseram descansem, daqui a pouco tem mais. no fim da terceira hora, foi a vez da minha mão dançar a dança mais exausta de paixão, de palma, de bravo, com essas tantas pessoas do meu lado dançando comigo também.
tem morte que bate mais doído. tem vezes que é plural.

a pina era um gênio...
ResponderExcluirdigo, a pina é!