dessa vez foi planejado. tomou conta dela um desejo antecipado, raro em quem prefere não querer demais as coisas porque sabe que elas têm vontade própria.. e afinal, acredita mesmo que as importâncias chegam sem notícia, feito um dia bonito lá fora, olha só. dessa vez tentou controlar o caminho e veja, planejamento é um jogo de sorte vestido de bom conselheiro. a realidade tem mais capilares que a vida no papel: uma vereda a mais e ali está ela, exatamente onde deveria estar, não fosse a cegueira de desejar pra frente.
inventou memórias, a tonta. um presente de natal embrulhado em pampers premium. agora espera ter forças pra deixar ir aquela esperança armazenada no seu ventre, sem mais batimento que a realidade exige pra dizer que existe. dessa vez o desejo é inverso, quer prolongar a espera, essa espera vazia.
a dor pode anestesiar muitas coisas, mas não seda o tempo.
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