franciella cavalheri

se tem compaixão o dedo que aponta é menos sofrida a dor do acusado. o dedo, no entanto, sofre a  explosão contida... mas dissolve o que vem de fora pela epiderme bege fosforescente. o que lá fora bate vira batida aqui dentro, de bumbo. "aqui" pra quem está perto, porque dentro está, dos braços imensos abraços a toda hora, a carinhosa (amansa as nossas carências, é fato). de bico em bico num retrato intenso de quem pari um mundo a cada inverno e descompensa o ciclo dos meses com o reclame de quem sente a falta de um filho. somos todos frutos dessa tua compaixão, nós de dentro. nós da dança, do embalo do dia que veio e não se espera parado (imóvel, sim, mas com motivo de quem tem muitas mangas pra guardá-los em porções). anda cercada dos teus filhos; a nossa estrada, as nossas mãos. dadas. 



2 comentários:

  1. Silencio pela emoção, pela gratidão e por me dar o direito de sentir mais esse vitral de criação sua inspirado - graças a Deus - em mim. Uma homenagem real, que me fez sentir mais viva, mais presente no mundo.

    Amo você... Como eu amo!

    ResponderExcluir