foi faltando fôlego, os dentes pediram atenção. gengiva coçando, pulsava a cobertura da língua, o céu que levava por dentro, sem constelações. canino e molares pareciam escapar da boca, atirados cuspe afora, engolidos pela goela; verdade é que amoleciam suas raízes. se a mandíbula não apertasse arcada contra arcada, sobraria algum. então vinha a vontade de abrir a boca feito quem volta de um mergulho, foi faltando fôlego que o fiz; brilharam os ossos rumo afora, na contraluz do sol que fervia mais a circulação, enquanto as pernas giravam o pedal, seu círculo vicioso.
para os pulmões, os dentes não fizeram falta. sorria no sinal vermelho; o siso apontava seu nascimento. quanto ar ainda tinha pra chegar ao terminal? foi faltando fôlego que eu vinha. ao final.
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