dear jeremy

tem horas que não dá pra cortar o cabelo, fazer as malas e dar no pé. sometimes we depend on other people as a mirror to define us and tell us who we are. eu tava pensando nisso. meu espelho tá borrado. eu não chorei vendo my blueberry nights, mas tem coisa lá que me tocou mais que chorar, a mary tava certa, aquele filme é pra mim, apesar de tudo. um dia eu fiz uma lista do que eu podia ser de fazer, desenhista, dançarina, puta, fotógrafa, artesã, eu tenho uma coleção de talento que vem da minha boa vontade e encantamento com o mundo e com os outros, eu sou uma boa obediente, eu não me engano que não. nasci sorrindo, dizem na minha casa. que eu não chorava, não mijava na fralda de noite, eu segurava a onda. eu não consegui parar de sorrir quando alguém chega perto e não consegui achar o mundo e todos eles juntos uma merda, é verdade quando a carol diz que eu juro que sou maldita. eu sou bendita, tava pensando. só não sei que nó é esse que não sai da minha garganta.

5 comentários:

  1. paula, paula, paula, que lindo, caralio. pensei em você, essa pessoa que já vi por aí e que tenho gente amiga que conhece e parece tanto isso tudo, e espelho por espelho, borrado ou nítido, lembro de mim também, raramente escapando do sorriso, mas também malabarista de uma interrogação no meio da goela.

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  2. werther, eu já tentei, mas vai fazer algum sentido sem?

    henrique, eu sou?

    fernanda, um beijo!!

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  3. sim... pode desatar! de alguma forma aparece novamente, com novo gosto e cheiro, mas também sem resposta... como vários que tenho!

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